sexta-feira, 26 de junho de 2009

Extra Extra!


Jornalistas mortos no exercício da profissão


Levantamento feito pela PEC (Press Emblem Campaign mostra que somente nos quatro primeiros meses do ano de 2009, 39 jornalistas foram assassinados. No ano passado, 91 profissionais perderam a vida exercendo sua profissão, informou o documento da PEC. Em 2007, foram 115 mortes. Este tipo de levantamento vem sendo feito desde a criação do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em junho de 2006. Naquele ano, um total de 306 profissionais pagaram com a vida o exercício de sua profissão.
Dados alarmantes. Desde o início deste ano, o Paquistão é considerado o país com maior periculosidade para os meios de comunicação, com um total de seis profissionais assassinados. Em seguida vem Gaza, com quatro jornalistas falecidos durante ofensiva militar e, logo depois, o Iraque, com quatro mortes
Em ordem decrescente estão México, com três mortes, Russia, com três, Somalia, com duas mortes, Sri Lanka e Nepal, Venezuela, Afeganistão, Honduras e Colômbia, também com duas mortes. Em seguida, com uma morte cada, estão Quênia, Filipinas, Madagascar, Guatemala e Índia, segundo o relatório do PEC.
Números que devem nos levar à reflexão.


A fonte das informações é o site: www.pressemblem.ch

domingo, 21 de junho de 2009

Extra Pauta (Inhaúma)






































Na cobertura jornalística do enterro do contabilista aposentado Reynaldo Guimarães, de 87 anos, vítima fatal do deslizamento de pedras que atingiu várias casas em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, pude, apesar do clima de tristeza de parentes, amigos e jornalistas, perceber a relação das esculturas do cemitério de Inhaúma feitas com temas baseados na cultura carioca, com o plano urbano, mais distante, das grandes construções no bairro de Todos os Santos. Ali, minha imaginação foi mais longe e me permiti com o respeito que uma situação como esta exige, tirar a atenção do cortejo e fazer as fotos que me premiavam com uma luz maravilhosa no primeiro dia de inverno.























































Fotos
Michel Filho




























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































terça-feira, 16 de junho de 2009

Bem na Foto

'Meus 12 minutos de fama'

Por Leonardo Aversa

texto e fotos

Meus encontros com Chico são sempre um exercício de sadismo. Ele detesta ser fotografado, o que me faz sentir como um macaco em loja de louça. Prometo que, desta vez, vou ser mais rápido (quatro anos atrás, demorei 15 minutos). Quem sabe agora, com tecnologia digital... marcamos na praia do Leblon, em frente ao Marina. Quando chego, ele está parado, distribuindo autógrafos. Anda todo dia por lá e sabe que o segredo é não parar. O carioca é blasé, mas resistir ao Chico parado, de bobeira, já é demais. Todos querem tirar foto ao seu lado, pedir autógrafo, homens, mulheres, crianças, cachorros e papagaio. Todo mundo ali com cara de bobo, olhando para ele. Inclusive eu. Se é verdade que Deus não dá asa a cobra, ele deveria ser chato e grosso. E arrogante. Mas não. Fica pacientemente ali, atendendo um por um. Para tentar me enturmar, pergunto como é a sensação de completar 60 anos. "É uma desgraça", responde sorrindo. Fico pensando na passagem do tempo, na inexorabilidade do fim, etc... Só depois me dou conta que a desgraça a que ele se refere é o assédio por conta da efeméride. Minhas fotos, por exemplo. Tenho menos de dez minutos antes de ele começar a pensar em suicídio. Peço pro Chico andar pela beira do mar. Ele está ótimo, mais magro do que há quatro anos. O vento forte cola a roupa no corpo. O assessor de imprensa pergunta se isso não vai sugerir um princípio de barriga. A maioria das pessoas ao ouvir um comentário desses se ajoelharia clamando a Deus para parar com o vento, ou a mim por um retoque no computador. O Chico, não, o Chico acha graça. E continua andando, rápido. Não sei se ele está posando ou fugindo. Na dúvida, peço pra ele voltar. Ele atende e já volta perguntando se acabei. Tinha guardado os últimos dois minutos para um comentário inteligente, mas achei melhor aproveitar o tempo para mais fotos. Quem sabe daqui a quatro anos eu invento algo. Termino a sessão e ele vai embora, aliviado. Foram 12 minutos.











































Fotos disponíveis em www.agenciaoglobo.com.br